“R de revisionismo”
Enzo Traverso
revista serrote, n. 37, mar. 2021
É claro que ninguém jamais condenou historiadores ‘revisionistas’ por terem desbravado arquivos inexplorados ou baseado seus trabalhos em uma documentação nova. Eles são criticados, isto sim, pela intenção política subjacente à sua releitura do passado.
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Na seção “alfabeto serrote” da edição 37 da revista, o historiador italiano Enzo Traverso (1957), professor na Universidade Cornell, analisa o termo “revisionismo”. O autor mostra como, ao longo do século XX, o conceito teve significados diferentes e contraditórios, desde as discussões dentro do campo marxista, passando pelos debates historiográficos posteriores à Segunda Guerra Mundial, até sua apropriação pelas seitas negacionistas.